Você, com certeza, já ouviu falar em Depressão. Esse é um transtorno que apresenta alta taxa de prevalência na população, podendo acometer pessoas de qualquer idade.
Assim como os outros transtornos, a Depressão afeta, e muito, a vida do indivíduo. No caso de uma Depressão mais grave, é comum vermos pacientes que não conseguem sequer levantar da cama para lavar o rosto ou tomar banho.
De qualquer maneira, é muito importante ficar atento aos sinais e sintomas da Depressão, para que ela não chegue no seu nível mais grave.
E quais são os sintomas?
Segundo o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM 5-TR), para a Depressão ser diagnosticada é necessário que o paciente apresente cinco ou mais dos seguintes sintomas, durante um período de duas semanas:
- Humor deprimido
- Perda de interesse ou prazer
- Perda ou ganho de peso (sem estar fazendo dieta)
- Insônia ou hipersonia quase todos os dias
- Agitação ou retardo psicomotor na maioria dos dias
- Fadiga ou perda de energia
- Sentimentos de inutilidade ou culpa excessiva ou inapropriada
- Capacidade diminuída para pensar ou se concentrar
- Pensamentos recorrentes de morte, ideação suicida ou tentativa de suicídio
Vale lembrar que, para ser considerado um transtorno, é necessário que o paciente apresente frequência e intensidade altas, além de prejuízo clinicamente significativo.
Mas e de onde vem a Depressão?
Assim como qualquer transtorno mental, a causa da Depressão é multifatorial. Isso significa que não podemos definir uma única coisa como a causa dela, mas podemos observar que algumas características podem contribuir para o seu surgimento.
É necessário que o paciente tenha uma pré-disposição genética e biológica e questões ambientais consideradas estressantes ou invalidantes, além de um fator de personalidade chamado neuroticismo. Em alguns casos, existem fatores que podem desencadear a Depressão, mas é provável que ela só realmente surja caso o paciente tenha essa pré-disposição.
E quem pode fazer o diagnóstico?
O diagnóstico pode ser feito por um médico – como um psiquiatra – ou um psicólogo, e é feito através de entrevistas clínicas. Ou seja, não existem exames laboratoriais que possam diagnosticar a Depressão.
É muito importante que o profissional investigue bem para determinar se o paciente apresenta o Transtorno Depressivo Maior ou o Transtorno Depressivo Persistente (uma depressão crônica, com sintomas considerados mais leves) e, ainda, quais são os subtipos dessa Depressão (que podem ser com sintomas ansiosos, com características mistas, com características melancólicas, com características atípicas, com características psicóticas congruentes com o humor, com características psicóticos incongruentes com o humor, com catatonia, com início no periparto ou com padrão sazonal).
E para fechar, como é feito o tratamento?
O tratamento para a Depressão é feito através de psicoterapia, sendo a Terapia Cognitivo Comportamental clássica o padrão ouro de tratamento, além de, em alguns casos, o uso de antidepressivos, prescritos por um psiquiatra.
Para prevenir o surgimento do transtorno, o indivíduo pode tomar algumas atitudes como: praticar atividade física regularmente, ter uma rotina de sono regular e uma dieta equilibrada, evitar o uso de álcool e drogas ilícitas. Mas ainda assim, caso o paciente note o surgimento de algum ou alguns dos sintomas, é importante que ele busque a ajuda de um psicólogo.
Bibliografia: Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM 5-TR)