Os sinais de alerta do suicídio e estratégias eficazes de prevenção

O suicídio apresenta índices preocupantes em relação ao mundo, sobretudo ao Brasil. Estima-se que haja mais de 700 mil mortes por ano decorrentes de suicídio, além das tentativas de suicídio e da ideação suicida. O ato de tirar a própria vida pode acontecer em qualquer idade, com pessoas de diferentes faixas etárias e por diversos motivos. O maior fator de risco para o suicídio é a depressão, embora nem todas as pessoas deprimidas tentem ou pensem em suicídio. Além disso, há um alto fator de risco em pacientes com esquizofrenia ou, principalmente, com dependência química.

Portanto, é preciso estar atento aos sinais de alerta do suicídio.

Quais são esses sinais?

Antes de mais nada, é importante prestar atenção na ideação suicida, isto é, quando o indivíduo tem pensamentos sobre a própria morte e apresenta o desejo de tirar a própria vida. Se a pessoa manifesta essa vontade em palavras, demonstra sinais de desesperança, tristeza e vazio, é fundamental buscar ajuda, para evitar que isso leve ao suicídio ou a tentativa dele.

A tentativa se dá quando o indivíduo tenta, por algum método, tirar a própria vida, mas por alguma razão acaba não conseguindo. As chances de uma pessoa que já tentou suicídio tentar novamente são altas, e nesses casos é importante estar ainda mais atento.

É válido também observar mudanças de comportamento, como por exemplo, irritabilidade em crianças e adolescentes. Além disso, há de se atentar também à automutilação; normalmente, quando isso ocorre, o paciente busca esconder isso vestindo roupas mais longas, como casacos ou calças.

O isolamento social também é uma característica a ser observada, bem como as relações sociais, o que costuma fazer, falar e que tipos de conteúdo consome.

Como prevenir?

Se você perceber esse tipo de comportamento e pensamento em si mesmo ou em alguma pessoa próxima, busque ajuda adequada. O psicólogo que trabalha com Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) é o indicado nesses casos, porque a TCC apresenta boas evidências científicas no tratamento da maior parte dos transtornos mentais, podendo, assim, prevenir o suicídio. Além disso, o médico psiquiatra também é recomendado para esses casos, e há ainda o CVV (Centro de Valorização da Vida) e os CAPS (Centro de Atenção Psicossocial) e hospitais, que podem oferecer o suporte necessário tanto para o paciente com ideação suicida, quanto para a família.

É fundamental o apoio emocional e suporte da família e amigos, de modo a demonstrar ao paciente que, embora ele esteja passando por um momento difícil, ele não está sozinho e há ajuda disponível. Assim, ele pode superar esse momento e viver uma vida com a qual se sinta satisfeito e feliz.

Thaiane Palhares

Thaiane Palhares

Psicóloga

Psicóloga e Psicopedagoga Clínica, Especialista em Terapia Cognitivo Comportamental e Certificada em Terapia do Esquema. Escritora e produtora de conteúdo. Coordenadora Editorial do livro “Bem estar mental e emocional na atualidade” e Coautora do livro “O desafio de Educar”. Encontra inspiração através da leitura, motivação através do café, foco e disciplina através da prática do Mindfulness. Você também pode me seguir no instagram @thaianepalhares.psico